sexta-feira, 24 de junho de 2011

Quadrinhos de Física e de outras Ciências.


Jean-Pierre Petit físico, desenhista e presidente da Associação Saber sem Fronteiras.

Olá pessoal, como já disse aqui no blog, sou fã de quadrinho, principalmente quando posso aprender com eles, então, resolvi compartilhar com vocês um achado que eu fiz nesse feriadão. Trata-se dos quadrinhos desenhados pelo físico frânces Jean-Pierre Petit, traduzidos para mais de 28 idiomas pela Associação Saber sem Fronteiras, os quadrinhos estão disponíveis na rede para download e podem ser livremente distribuídos para utilização na sala de aula, desde que não haja fins lucrativos. Infelizmente os mesmos ainda não estão disponíveis em português do Brasil, mas vale a pena ler a tradução feita pela Sónia da Costa em português de Portugal. As obras são ótimas, principalmente as relacionadas à física moderna. Segue abaixo a descrição e link para download de algumas delas e o link oficinal do projeto.
No quadrinho “EINSTEIN E A TEORIA DA RELATIVIDADE” (Download), os personagens Anselmo Curioso, Sofia, Dali, Léon e Max encontram Alberto o dono de um parquinho muito estranho e lá aprendem sobre a teoria da Relatividade.
Já no quadrinho “POR SÓ MAIS UM PUNHADO DE AMPERES” (Download), Anselmo e sua turma utilizam várias bugigangas para entender por que uma lâmpada acende, com isso são discutidos vários conceitos do eletromagnetismo, emissão estimulada, livre caminho médio, dentre outros.
Em “ENERGETICAMENTE VOSSO” (Download), Anselmo das Cavernas discute com sua turma as diferentes formas de energia, possíveis transformações e os males causados pelo homem.
Os quadrinhos de Pierre não se limitam só a física,  há também “OS MISTERIOS DA GEOMETRIA”, “OS MISTÉRIOS DA ECONOMIA”, “A MAGIA DA INFORMÁTICA”, “E TOPOLOGIA, TOPAS?”,  são 22 obras que podem ser baixados no link  do projeto: http://www.savoir-sans-frontieres.com/JPP/telechargeables/free_downloads.htm#portugais

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Diário do XVI EREA


Olá pessoa, desculpa a falta de postagem mas é que ando muito atarefado pois estou fechando as notas da garotada e acabamos de realizar um EREA, aliais esse é o assunto dessa postagem. Neste post,  resolvi registrar como foi o XVI EREA e aproveitar para agradecer a todos que participaram do evento.
O XVI EREA iniciou na quarta-feira dia 18/05, as 15h tivemos a solenidade de abertura com a presença do nosso magnifico reitor e na sequência a oficina de montagem do galileoscopio com o professor Dr. João Batista Canalle (UERJ) coordenador Nacional da OBA.  No mesmo dia, o professor Dr. Germano Afonso (MUSA/CNPq) ministrou uma palestra sobre etnoastronomia para os estudantes indígenas do curso de Licenciatura intercultural da UNIR. 

Auditório  no dia abertura

A composição da mesa durante a cerimônia 

Professor Canalle ensinando a montar o galileoscopio.

Na quinta-feira (19/05), ocorreram as seguintes palestras: "Astronomia Indigena" com Dr. Germano Afonso (CNPq/MUSA), "Como anda a evolução do Universo" com Dr. Carlos Mergulhão (UNIR) e “Educação em astronomia no Brasil” com o Dr. Rodolfo Lang (UFMS). Ocorreram também as primeiras oficinas do evento "Estações do ano e fases da lua" com o professor Dr. João Batista Canalle, "O sistema solar em escala 2D e 3D" com o bolsista Fabio Stogmuller aluno da UERJ.
Na sexta feira (20/05), iniciamos o dia com uma exposição de astrofotografias feitas pelo professor Rodolfo Lang (UFMS) e de experimentos feitos pelos acadêmicos do curso de licenciatura em química do IFRO e de biologia da (ULBRA).

Professores das redes estadual e municipal atento ao experimento

O dia foi repleto de atividades, oficinas sobre o movimento aparente de sol com o professor Dr. Francisco Catelli, movimentos dos astros numa representação teatral com o professor Canalle. Seções no planetário movel da UEMS, e a palestra "Lançamento de foguetes no Brasil e no Mundo" com  o Mestre e Doutorando do ITA Oswaldo Lourada, finalizamos o dia com o reconhecimento do céu e fazendo observações com o telescópio do IFRO.
O último dia 21/05, iniciou com a palestra da mestre em ensino de Ciências pela UEL, Juliana Romanzini que falou sobre as ações de planetário. No decorrer do dia os professores puderam participar das seguintes oficinas: "astrojogos" com a Juliana, "desenhando as órbitas dos planetas e foguete horizontal" com o professor Canalle, "espectróscopio didático" com o professor Rodolfo Lang e "construção de foguetes com garrafa Pet" com os professores Vicente e Mateus de Sergipe.
Além dos professores da rede estadual, municipal e IFs, tivemos também a participação dos alunos do IFRO Campus Cacoal que vieram ao evento e assistiram a uma palestra com o Oswaldo, visitaram a exposição de experimentos e o planetário. Também tivemos durante todo o todo o evento, a participação dos nossos alunos (IFRO Campus Ji-Paraná) que participaram de uma oficina de construção de foguetes com garrafas pet e atuaram como monitores e diretamente na organização do evento. Queridos alunos finalizo este post dedicando ele a vocês e registrado aqui meus agradecimentos (em meu nome e da professora Deize), um grande abraço.





 
Equipe do XVI EREA

sábado, 9 de abril de 2011

XVI EREA em Ji-Paraná


Nos dias 18,19,20 e 21 de maio o Instituto Federal de Rondônia – Campus Ji-Paraná realizará o XVI EREA – Encontro Regional de Ensino de Astronomia. Este evento tem como objetivo a formação de professores de ciências e a troca de experiência entre profissionais ligados a área da Astronomia. Os EREAs fazem parte de um subprograma das comemorações do AIA (Ano Internacional da Astronomia) que ocorreu em 2009. Desde então foram realizados 15 (quinze) EREAs em várias regiões do Brasil. O XVI EREA será o primeiro a ser realizado na região norte e está sob a coordenação do autor deste blog e da professora Deizilene de Souza, trata-se de uma atividade fruto da parceria entre o Instituto Federal de Rondônia, a OBA (Olímpiada Brasileira de Astronomia) e do Prof. Dr. Jaime Fernando Villas da Rocha (UNIRIO) coordenador do projeto junto ao CNPq.
Durante o evento haverá oficinas oferecidas por professores do IFRO, UFMS, Univ. Fed. de Caxias do Sul, UERJ, UEL, SEDUC Sergipe que serão destinadas a professores das redes públicas e privadas de Rondônia e de outros estados. Haverá também sessões no planetário móvel da UEMS que estará no Campus Ji-Paraná, noites de Observação com o telescópio do IFRO, exposição de experimentos de ciências de alunos do IFRO, ULBRA, UNIR e outras instituições de ensino interessadas e as seguintes palestras abertas ao público em geral: Astronomia Indígena (Dr. Germano Afonso - MUSA/CNPq); Educação em Astronomia no Brasil (Dr. Rodolfo Langhi - UFMS); Lançamento de Foguetes no Brasil e no Mundo - (MSc. Oswaldo Loureda - ITA); Atividades de um Planetário (Juliana Ramanzini - Planetário Municipal de Londrina); Ações da Olimpíada Brasileira de Astronomia (Dr. João Batista Canalle - UERJ).
Mais informações através do email erea.jipa@ifro.edu.br 

quarta-feira, 23 de março de 2011

Fazendo download no MediaFire


Queridos alunos, como vocês sabem eu disponibilizo os arquivos (apresentações das aulas, listas de exercícios, vídeos, áudio) utilizados em nossas aulas, os mesmo são hospedados em sites que oferecem serviço de hospedagem gratuita. A partir de agora não utilizarei mais o site HOTSHARE.com , pois felizmente esse site tem apresentado alguns problemas, conforme relatos de vocês.
Nossos arquivos serão guardados no MEDIAFIRE.com, o procedimento para baixar contínua o mesmo  basta você:
  • Entrar no FISICADESCOMPLICA.com.br
  • Entrar na sessão alunos.
  • Digitar o login e senha
  • Entrar na sua respectiva série e clicar no arquivo que deseja baixar
Automaticamente você será levado ao arquivo hospedado no MEDIAFIRE.com.
    Dentro do MediaFire:
     Ao entrar no MediaFire você vera o nome do arquivo logo a cima (seta 1), um dos motivos que que me levou a escolher o MediaFire foi que o próprio site possui um antivírus, para sua segurança espere o antivírus do site checar se o arquivo está infectado, depois que a checagem é feita, o link para o download aparecerá. Basta clicar em cima dele (seta 2), escolher a pasta onde deseja salvar o arquivo e seu download iniciará. Pronto!

    domingo, 14 de novembro de 2010

    Como organizar artigos científicos


    Com a grande quantidade de artigos que lemos durante a nossa vida acadêmica, ou durante trabalhos de pesquisa. Acabamos tendo dificuldade de organizar tanta informação no PC, fazendo uma pesquisa na internet me deparei com uma ótima ferramenta que além de satisfazer este proposito oferece muito mais. Essa ferramenta é o software gratuito Mendeley.
    O Mendeley possibilita organizar artigo no formato PDF, dentro do PC e na internet. O software requer inicial a criação de uma conta no site http://www.mendeley.com
    Esta conta funcionará como uma espécie de rede social, na qual é possível identificar leitores incomuns de um artigo, compartilhar artigos, inclusive anotações e comentários. Além do ambiente web é possível baixar o Mendeley Desketop um ambiente a ser instalado no PC, tal programa possibilita a organização dos artigos e suas referências.
    Para aprender a dominar essa ferramenta, encontrei sete vídeos produzidos pelo Dr. Edmar Stieven, ensinando a usar o sistema desde o processo de instalação até a inclusão de referências gerenciados pelo Mendeley.

    Vídeo 1 : Criando a conta no Mendeley e instalando o Mendeley Desktop.
    Vídeo 2 : Inserindo artigo e sincronizando com a conta online.
    Vídeo 3: Colocando notas e sublinhando artigos científicos.
    Video 4: Criando copia de segurança dos artigos em seu computador.
    Video 5: Compartilhando artigos com colegas para colaboração científica.
    Vídeo 6: Como inserir referências bibliográficas no Word usando o Mendeley.
    Vídeo 7: Como inserir referências no formato ABNT.

    Você pode baixar o estilo ABNT para Mendeley clicando aqui

    sábado, 6 de novembro de 2010

    Primeira Reunião do Clube de Astronomia e X EREA

    Foto do grupo na nossa primeira reunião


    No dia 04 de novembro de 2010, tive o prazer de coordenar a primeira reunião do Clube de Astronomia do IFRO Campus Ji-Paraná. Na ocasião discutimos temas como: O que é um clube de astronomia? O que faz um clube de astronomia? Além disso, foram apresentadas algumas ações desenvolvidas por outros clubes de astronomia, como o Clube Louis Cruls do Instituto Federal Fluminense - Campus Goytacazes. A aluna Evellyn Sales do Curso Técnico em Florestas também fez uma apresentação sobre a sua participação no X EREA. 
    O X EREA ocorreu entre os dias 13 e 16 de outubro em Campo Grande, sob a organização da Casa Ciência da UFMS e do Clube de Astronomia Carl Sagan. O encontro contou com a participação de  pesquisadores, astrônomos amadores, observatórios e outros centros de divulgação científica.
    Na ocasião, participamos de várias palestras e oficinas, dentre elas, uma oficina de montagem de um galileoscópio, que foi doado ao Campus Ji-Paraná.
    Oficina de montagem do galileóscopio ministrada pelo professor Dr. João Batista Canalle UERJ/OBA
    Eu, Evelly, professor Canalle e o novo instrumento de observação do IFRO.

    Além da montagem do galileóscopio, participamos também de um ótimo curso de como identificar as constelações indígenas ministrado pelo professor Dr. Germano Afonso  MUSA/CNPq.
    Atividade de identificação das constelações indígenas no planetário.
    Realmente, o X EREA foi riquíssimo em atividades para aprender sobre astronomia, além disso, foi muito bom conhecer o Campus da UFMS, um local que proporciona ao visitante uma verdadeira interação com a natureza. 
    Evelly e as capivaras do campus da UFMS

    Tenho muito prazer em finalizar este post, parabenizando a todos que contribuíram para a realização do X EREA, e também dar  as boas vindas aos participantes do nosso Clube de Astronomia, acredito que vocês possuem toda a capacidade de organizar eventos dessa natureza aqui no nosso estado.

    quinta-feira, 21 de outubro de 2010

    Revistas sobre Astronomia



    O Brasil está carecendo urgentemente de uma revista de divulgação cientifica voltada para a astronomia. Até certo tempo, contávamos com a revista Astronomy Brasil  e com a revista virtual Macrocosmos, ambas traziam informações periódicas referentes as atividades astronômicas amadoras e profissional. Hoje só nos resta esperar e torcer para que uma editora resolva nos brindar com uma outra boa revista desta área.
    Para quem não teve o prazer de conhecer essas revistas, vale as seguintes dicas:
    As edições antigas da revista macrocosmo podem ser baixada gratuitamente no Superdownload, confiram no link:
    Já as edições anteriores da revista Astronomy Brasil podem ser compradas na loja Duetto no link abaixo:



    sábado, 25 de setembro de 2010

    O Universo Mecânico


    Na minha época de graduação conheci a serie Universo Mecânico, um material produzida pela Caltech em 1985, atualmente os vídeos podem ser encontrados em alguns sites como Google e Vimeo, inclusive em português. 
    Os vídeos são apresentados pelo professor David Goodstein e abordam assuntos que vão da mecânica clássica a quântica, são 52 episódios, que podem ser utilizados por alunos do ensino médio e da graduação.

    Confira o vídeo sobre ondas:

    terça-feira, 14 de setembro de 2010

    Tabela Periódica

    Adoro utilizar material da internet em minhas aulas. Nela podemos encontrar ferramentas em que o aluno pode interagir, além de recursos audiovisuais como gif animado e vídeos que podem contribuir muito para o processo de ensino-aprendizagem. Diante disso resolvi compartilhar com meus amigos da área de química uma tabela periódica online muito poderosa.
    A tabela esta disponível em http://www.ptable.com/

    Ao indicar com o ponteiro do mouse um dos elementos da tabela você pode obter várias informações sobre o mesmo. Você também pode escolher que deseja saber sobre o elemento clicando nas abas  Propriedades, Orbitais e Isótopos.
    As informações podem ser da Wikipédia, acompanhadas de vídeos e fotos, ou até mesmo um Podcast sobre o elemento (Pena que essa opção não esta disponível em português).

    Faça um teste:
    • Utilize a opção vídeo na guia mostrada na figura acima.
    • Clique no elemento carbono. Ao fazer isto uma nova janela se abrirá com um vídeo sobre o elemento carbono.
    • Clique no botão player (primeiro botão do lado esquerdo) para iniciar o vídeo. Em seguida leve o ponteiro do mouse até o botão vermelho com uma seta para cima (canto direito).
    • Mova o ponteiro e escolha em Caption Selection e na opção Portuguese para mudar a legenda do vídeo para português (ver imagem abaixo).

    Espero que gostem desta tabela, explorem os outros recursos, sintam-se a vontade para compartilhar as possibilidades de uso, postando comentários aqui no blog.


    terça-feira, 31 de agosto de 2010

    Lei de Hooke ( Força Elástica)

    Pessoal, agora estou com uma nova colega de Física aqui na escola é a professora Deizilene de Sousa, mestre em Física Aplicada pela Universidade Federal de Visçosa – MG. O legal é que ela concordou em dar uma mão aqui no Física Descomplica, este post por exemplo é fruto da aula que preparamos sobre Lei de Hooke para os nossos alunos do 10 ano do Ensino Médio, espero que vocês gostem.

     
    Lei de Hooke


    Por Deizilene e Francisco Felipe

    Quando pensamos em algo “elástico” logo associamos em alguma coisa que pode ser “esticada” ou “comprimida” através da aplicação de uma força, por exemplo, uma mola. Roberth Hooke (1635-1703) estudou cuidadosamente várias situações em que uma mola sofria deformações. Considere uma mola com seu comprimento natural L0 fixada por uma das suas extremidades a um suporte (figura 1). Ao aplicarmos uma força de intensidade F a mola distenderá passando a ter um comprimento L1 ou L2 dependendo da intensidade da força. A diferença entre L0 e L1 ou L2 será a deformação x sofrida pela mola, ou seja, o quanto ela foi esticada.
    Vejam na figura 1 que ao acrescentarmos massas de diferentes pesos (forças) também temos uma mudança no alongamento da mola, e quanto maior a força aplicada (casos 1 e 2) maior é o valor da deformação x (compare x1 e x2). Isso mostra que há uma relação direta entre a força aplicada e a deformação sofrida pela mola.
    Hooke também estudou a deformação sofrida em várias molas diferentes (mais rígida ou menos rígida) ao acrescentar massas com o mesmo peso (compare L1 e L3). Ele conclui que o valor da distensão da mola também dependia do tipo de material da qual ela era feita, e quanto mais rígida fosse a mola maior deveria ser a força aplicada para produzirmos uma mesma deformação x (compare L1 com L3).



    Figura 1: (a) Várias situações de uma mola sofrendo deformações. A mola com o seu comprimento natural L0; comprimento L1 e L2 após aplicação da força F1 e F2 (devido ao peso das massas de 100g e 250g); mola mais rígida após com o comprimento final L3 após a aplicação da força F1. (b) As forças que atuam no sistema massa-mola.

    Experimentalmente sabemos (e a 3ª Lei de Newton confirma) que ao exercermos uma força sobre a mola puxando para baixo (pendurando os blocos) a mola exercerá uma força de intensidade oposta à força peso com o intuito de restaurar o seu estado “relaxado” (ou natural) em que se encontrava inicialmente. A esta força contrária, chamada muitas vezes de “força restauradora”, Hooke chamou de força elástica da mola. Assim, para pequenos valores de x comparando ao comprimento L0 da mola, podemos escrever:

    Figura 2: Roberth Hooke e a expressão para a força elástica.

    sendo k a constante da mola cujo valor depende da mola usada e x a deformação da mola. Esse expressão é conhecida como a Lei de Hooke.
    Quando retiramos a força que causou a deformação à tendência da mola é voltar ao seu comprimento inicial, mas nem sempre isso ocorre. Pode acontecer de a mola ficar com um comprimento diferente de L0 ao ser retirada a força (o bloco de massa), situação em que não se aplica a Lei de Hooke.
    Nos casos em que a mola volta a seu comprimento inicial ao ser retirada a força dizemos que ela obedece a Lei de Hooke e que a deformação é elástica.
    No caso real, a mola tem um comportamento elástico até um determinado valor x’, que varia de acordo com a mola. Acima deste valor crítico ela passa a não obedecer a Lei de Hooke e dependendo da intensidade da força aplicada pode até se romper (“quebrar”). È por este motivo que a Lei de Hooke só é válida quando o valor de “x” (deformação – quanto ela se esticou) for pequeno em comparação com L0 (comprimento natural da mola).
    Atualmente podemos verificar as ideias propostas por Hooke através de experimentos utilizando materiais de baixo custo como: molas de caderno, madeira e régua ou até mesmo por meio do computador em algumas simulações disponíveis na internet.
    Figura 3: (a) Experimento utilizando material de baixo custo. (b) Aplicativo desenvolvido pela Universidade de Colorado –EUA (Disponível em http://phet.colorado.edu/sims/mass-spring-lab/mass-spring-lab_en.html) ;

    Experimente  faça o download da atividade que propomos aos nossos alunos utilizando o simulador.

    sábado, 7 de agosto de 2010

    Vídeo Zero Absoluto

    Não é sempre que encontramos bons vídeos que possam ser usados com nossos alunos, principalmente quando o assunto e termodinâmica. Mas navegando pela internet, tive a sorte de encontrar no yotube o documentário “Zero Absoluto” produzido este ano pela BBC.



    O documentário é dividido em dois episódios. O primeiro tem como título “a conquista do frio” nele são apresentadas as antigas concepções a respeito da natura do calor e do frio, experimentos e contribuições de nomes da ciência como Francis Bacon, Robert Boyle, Lavosier, Sadi Carnot, James  Prescott Joule e William Thonson
    O vídeo e uma ótima opção para descomplicar a física, pois aborda temas como: a construção das escalas termométricas, teoria do calórico, primeira e segunda lei da termodinâmica do ponto de vista cientifico, histórico, tecnológico, econômico e social.

    Vídeo: Zero Absoluto - Episodio 1


    O segundo episodio “A corrida pelo zero Absoluto”, retrata a corrida do homem em busca do zero absoluto. Cientistas e seus experimentos buscando a alcançar temperaturas cada vez mais baixas.
    O vídeo também mostra os efeitos ocorridos na matéria após atingirem temperaturas tão extremas. Efeitos cuja explicação foge a Mecânica Clássica e requer uso da Mecânica Quântica e Mecânica Estatística.

    Vídeo: Zero Absoluto - Episodio 2

    sexta-feira, 30 de julho de 2010

    Exercícios Tradicionais: Leis de Newton.


    Existem alguns exercícios que são comuns em todos os livros de Física. Em se tratando da Mecânica Newtoniana, quem nunca resolveu problemas envolvendo bloquinhos encostados um ao outro, blocos ligados por fios muito finos e polias de massas desprezíveis. Pois bem, neste post decidi resolver alguns desses exercícios utilizando a linguagem verbal. Esse tipo de solução muitas das vezes não é considerada pelo professor em prol do uso da linguagem formal (matemática), não quero de forma alguma dizer que a linguagem formal deva ser banida ou que a mesma é desnecessária, mas sim que em uma primeira abordagem vale a pena o uso da linguagem verbal como forma de estimular o raciocínio físico do aluno além de ser uma ótima forma de ganhar tempo na resolução de problemas, algo que faz a diferença em se tratando de concursos e vestibulares.

    Problema 1 - Dada figura abaixo, determine a aceleração e a força que cada bloco exerce no outro, desconsidere a influência do atrito:

    Vamos à solução do problema. Independente da linguagem a ser utilizada na solução do problema, desenhar as forças que atuam no sistema é sempre um bom começo.
     
    Encontrando a aceleração: Notem que a força F=10N atua em todo o sistema ( corpo A e corpo B) , ou seja a força F=10N é responsável por fazer acelerar 5kg de massa (3kg + 2kg), isso implica que para acelerar cada kg são necessários 2N ( 10N/ 5kg = 2N/kg) . Aqui vai a grande sacada para a resolução desse tipo de problema, lembrem-se N/kg é unidade de aceleração assim como m/s2. Portanto a aceleração do sistema é 2 N/kg ou 2m/s2.

    A força que um bloco aplica no outro: No desenho identificando as força, chamamos de FAB a força que A faz em B e FBA a força que B faz em A. Analisando apenas o bloco B de 2kg e sabendo que para acelerar cada kg são necessários 2N então para acelerar 2kg são necessários 4N. Como da figura a única força que atua em B na horizontal é FAB, então esse deve ser o valor desta força.
    O valor de FBA também é 4N ou vez que FAB e FBA formam um par ação e reação.

    Problema 2 - Dada figura abaixo, determine a aceleração, a tração na corda, desconsidere a influência do atrito.

    Seguindo o passo do exercício anterior identifique as forças que atuam nos blocos. Note que os blocos estão presos por uma corda, essa corda será esticada em virtude da força F puxar os dois blocos, fazendo surgir um par de trações (conforme indicado na figura).

    Encontrando a aceleração do conjunto: A força de 20N é responsável por fazer acelerar 20Kg (15kg + 5kg), logo é necessário 1N para acelerar cada kg (20N/20kg = 1N/kg), ou seja a aceleração é de 1N/kg ou 1m/s2.

    Determinando o valor da tração na corda: Uma boa escolha é sempre analisar o bloco que possui a menor quantidade de forças atuando, neste caso o bloco A de 15kg.
    Conforme verificamos para cada kg é necessário uma força de 1N para proporcionar a aceleração encontrada para o sistema, então no bloco de 15kg está sendo aplicada uma força de 15N (15x1). Como a única força aplicada em A é a tração T, ela vale 15N.


    Problema 3 - Dada figura abaixo, determine a aceleração, a tração na corda e a força que A aplica em B, desconsidere a influência do atrito:

    Encontrando a aceleração: Mais uma vez desenhamos as forças atuantes e para esta situação indicamos também a possível direção do movimento. Notem que a força responsável pelo movimento e o peso do bloco C, cujo valor é dado por PC = mC.g = 5.10 = 50N, essa força será responsável por mover uma massa total de 10kg (3kg + 2kg + 5kg) ou seja para acelerar cada kg são necessários 5N ( 50N/10kg = 5 N/kg), logo a aceleração é 5N/kg ou 5m/s2.


    Determinando o valor da tração na corda: Como cada kg necessita de 5N para sofrer uma aceleração de 5N/kg isso quer dizer que o bloco C sofreu uma força total (resultante) de 25N (5x5 = 25). Como o peso de C era 50N então a tração T da corda presa a C era de -25N ( 25N – 50N = -25N). O sinal de menos indica apenas o sentido da tração, deste modo podemos dizer que o módulo da tração na corda vale 25N.

    Encontrando o valor da força que A aplica em B: Analisando apenas o bloco B podemos visualizar que a única força que atua em B que influência no movimento é FAB, logo como B possui a mesma aceleração do conjunto 5N/kg e a massa de B é 2kg podemos afirmar que a força que atua em B é de 10N ( 2 x 5 = 10), ou seja FAB=10N. Lembre-se em todo o problema para acelerar cada kg é necessário 5N.

    Espero ter descomplicado um pouco esse tipo de problema. Futuramente além de fazer aplicações da física, pretendo resolver alguns problemas tradicionais que ainda dificulta a vida de muita gente.

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