Com a grande quantidade de artigos que lemos durante a nossa vida acadêmica, ou durante trabalhos de pesquisa. Acabamos tendo dificuldade de organizar tanta informação no PC, fazendo uma pesquisa na internet me deparei com uma ótima ferramenta que além de satisfazer este proposito oferece muito mais. Essa ferramenta é o software gratuito Mendeley.
O Mendeley possibilita organizar artigo no formato PDF, dentro do PC e na internet. O software requer inicial a criação de uma conta no site http://www.mendeley.com .
Esta conta funcionará como uma espécie de rede social, na qual é possível identificar leitores incomuns de um artigo, compartilhar artigos, inclusive anotações e comentários. Além do ambiente web é possível baixar o Mendeley Desketop um ambiente a ser instalado no PC, tal programa possibilita a organização dos artigos e suas referências.
Para aprender a dominar essa ferramenta, encontrei sete vídeos produzidos pelo Dr. Edmar Stieven, ensinando a usar o sistema desde o processo de instalação até a inclusão de referências gerenciados pelo Mendeley.
Vídeo 1 : Criando a conta no Mendeley e instalando o Mendeley Desktop.
Vídeo 2 : Inserindo artigo e sincronizando com a conta online.
Vídeo 3: Colocando notas e sublinhando artigos científicos.
Video 4: Criando copia de segurança dos artigos em seu computador.
Video 5: Compartilhando artigos com colegas para colaboração científica.
Vídeo 6: Como inserir referências bibliográficas no Word usando o Mendeley.
Vídeo 7: Como inserir referências no formato ABNT.
Você pode baixar o estilo ABNT para Mendeley clicando aqui.
No dia 04 de novembro de 2010, tive o prazer de coordenar a primeira reunião do Clube de Astronomia do IFRO Campus Ji-Paraná. Na ocasião discutimos temas como: O que é um clube de astronomia? O que faz um clube de astronomia? Além disso, foram apresentadas algumas ações desenvolvidas por outros clubes de astronomia, como o Clube Louis Cruls do Instituto Federal Fluminense - Campus Goytacazes. A aluna Evellyn Sales do Curso Técnico em Florestas também fez uma apresentação sobre a sua participação no X EREA.
O X EREA ocorreu entre os dias 13 e 16 de outubro em Campo Grande, sob a organização da Casa Ciência da UFMS e do Clube de Astronomia Carl Sagan. O encontro contou com a participação de pesquisadores, astrônomos amadores, observatórios e outros centros de divulgação científica.
Na ocasião, participamos de várias palestras e oficinas, dentre elas, uma oficina de montagem de um galileoscópio, que foi doado ao Campus Ji-Paraná.
Oficina de montagem do galileóscopio ministrada pelo professor Dr. João Batista Canalle UERJ/OBA
Eu, Evelly, professor Canalle e o novo instrumento de observação do IFRO.
Além da montagem do galileóscopio, participamos também de um ótimo curso de como identificar as constelações indígenas ministrado pelo professor Dr. Germano Afonso MUSA/CNPq.
Atividade de identificação das constelações indígenas no planetário.
Realmente, o X EREA foi riquíssimo em atividades para aprender sobre astronomia, além disso, foi muito bom conhecer o Campus da UFMS, um local que proporciona ao visitante uma verdadeira interação com a natureza.
Evelly e as capivaras do campus da UFMS
Tenho muito prazer em finalizar este post, parabenizando a todos que contribuíram para a realização do X EREA, e também dar as boas vindas aos participantes do nosso Clube de Astronomia, acredito que vocês possuem toda a capacidade de organizar eventos dessa natureza aqui no nosso estado.
O Brasil está carecendo urgentemente de uma revista de divulgação cientifica voltada para a astronomia. Até certo tempo, contávamos com a revista Astronomy Brasil e com a revista virtual Macrocosmos, ambas traziam informações periódicas referentes as atividades astronômicas amadoras e profissional. Hoje só nos resta esperar e torcer para que uma editora resolva nos brindar com uma outra boa revista desta área.
Para quem não teve o prazer de conhecer essas revistas, vale as seguintes dicas:
As edições antigas da revista macrocosmo podem ser baixada gratuitamente no Superdownload, confiram no link:
Na minha época de graduação conheci a serie Universo Mecânico, um material produzida pela Caltech em 1985, atualmente os vídeos podem ser encontrados em alguns sites como Google e Vimeo, inclusive em português.
Os vídeos são apresentados pelo professor David Goodstein e abordam assuntos que vão da mecânica clássica a quântica, são 52 episódios, que podem ser utilizados por alunos do ensino médio e da graduação.
Adoro utilizar material da internet em minhas aulas. Nela podemos encontrar ferramentas em que o aluno pode interagir, além de recursos audiovisuais como gif animado e vídeos que podem contribuir muito para o processo de ensino-aprendizagem. Diante disso resolvi compartilhar com meus amigos da área de química uma tabela periódica online muito poderosa.
Ao indicar com o ponteiro do mouse um dos elementos da tabela você pode obter várias informações sobre o mesmo. Você também pode escolher que deseja saber sobre o elemento clicando nas abas Propriedades, Orbitais e Isótopos.
As informações podem ser da Wikipédia, acompanhadas de vídeos e fotos, ou até mesmo um Podcast sobre o elemento (Pena que essa opção não esta disponível em português).
Faça um teste:
Utilize a opção vídeo na guia mostrada na figura acima.
Clique no elemento carbono. Ao fazer isto uma nova janela se abrirá com um vídeo sobre o elemento carbono.
Clique no botão player (primeiro botão do lado esquerdo) para iniciar o vídeo. Em seguida leve o ponteiro do mouse até o botão vermelho com uma seta para cima (canto direito).
Mova o ponteiro e escolha em Caption Selection e na opção Portuguese para mudar a legenda do vídeo para português (ver imagem abaixo).
Espero que gostem desta tabela, explorem os outros recursos, sintam-se a vontade para compartilhar as possibilidades de uso, postando comentários aqui no blog.
Pessoal, agora estou com uma nova colega de Física aqui na escola é a professora Deizilene de Sousa, mestre em Física Aplicada pela Universidade Federal de Visçosa – MG. O legal é que ela concordou em dar uma mão aqui no Física Descomplica, este post por exemplo é fruto da aula que preparamos sobre Lei de Hooke para os nossos alunos do 10 ano do Ensino Médio, espero que vocês gostem.
Lei de Hooke
Por Deizilene e Francisco Felipe
Quando pensamos em algo “elástico” logo associamos em alguma coisa que pode ser “esticada” ou “comprimida” através da aplicação de uma força, por exemplo, uma mola. Roberth Hooke (1635-1703) estudou cuidadosamente várias situações em que uma mola sofria deformações. Considere uma mola com seu comprimento natural L0 fixada por uma das suas extremidades a um suporte (figura 1). Ao aplicarmos uma força de intensidade F a mola distenderá passando a ter um comprimento L1 ou L2 dependendo da intensidade da força. A diferença entre L0 e L1 ou L2 será a deformação x sofrida pela mola, ou seja, o quanto ela foi esticada.
Vejam na figura 1 que ao acrescentarmos massas de diferentes pesos (forças) também temos uma mudança no alongamento da mola, e quanto maior a força aplicada (casos 1 e 2) maior é o valor da deformação x (compare x1 e x2). Isso mostra que há uma relação direta entre a força aplicada e a deformação sofrida pela mola.
Hooke também estudou a deformação sofrida em várias molas diferentes (mais rígida ou menos rígida) ao acrescentar massas com o mesmo peso (compare L1 e L3). Ele conclui que o valor da distensão da mola também dependia do tipo de material da qual ela era feita, e quanto mais rígida fosse a mola maior deveria ser a força aplicada para produzirmos uma mesma deformação x (compare L1 com L3).
Figura 1: (a) Várias situações de uma mola sofrendo deformações. A mola com o seu comprimento natural L0; comprimento L1 e L2 após aplicação da força F1 e F2 (devido ao peso das massas de 100g e 250g); mola mais rígida após com o comprimento final L3 após a aplicação da força F1. (b) As forças que atuam no sistema massa-mola.
Experimentalmente sabemos (e a 3ª Lei de Newton confirma) que ao exercermos uma força sobre a mola puxando para baixo (pendurando os blocos) a mola exercerá uma força de intensidade oposta à força peso com o intuito de restaurar o seu estado “relaxado” (ou natural) em que se encontrava inicialmente. A esta força contrária, chamada muitas vezes de “força restauradora”, Hooke chamou de força elástica da mola. Assim, para pequenos valores de x comparando ao comprimento L0 da mola, podemos escrever:
Figura 2: Roberth Hooke e a expressão para a força elástica.
sendo k a constante da mola cujo valor depende da mola usada e x a deformação da mola. Esse expressão é conhecida como a Lei de Hooke.
Quando retiramos a força que causou a deformação à tendência da mola é voltar ao seu comprimento inicial, mas nem sempre isso ocorre. Pode acontecer de a mola ficar com um comprimento diferente de L0 ao ser retirada a força (o bloco de massa), situação em que não se aplica a Lei de Hooke.
Nos casos em que a mola volta a seu comprimento inicial ao ser retirada a força dizemos que ela obedece a Lei de Hooke e que a deformação é elástica.
No caso real, a mola tem um comportamento elástico até um determinado valor x’, que varia de acordo com a mola. Acima deste valor crítico ela passa a não obedecer a Lei de Hooke e dependendo da intensidade da força aplicada pode até se romper (“quebrar”). È por este motivo que a Lei de Hooke só é válida quando o valor de “x” (deformação – quanto ela se esticou) for pequeno em comparação com L0 (comprimento natural da mola).
Atualmente podemos verificar as ideias propostas por Hooke através de experimentos utilizando materiais de baixo custo como: molas de caderno, madeira e régua ou até mesmo por meio do computador em algumas simulações disponíveis na internet.
Não é sempre que encontramos bons vídeos que possam ser usados com nossos alunos, principalmente quando o assunto e termodinâmica. Mas navegando pela internet, tive a sorte de encontrar no yotube o documentário “Zero Absoluto” produzido este ano pela BBC.
O documentário é dividido em dois episódios. O primeiro tem como título “a conquista do frio” nele são apresentadas as antigas concepções a respeito da natura do calor e do frio, experimentos e contribuições de nomes da ciência como Francis Bacon, Robert Boyle, Lavosier, Sadi Carnot, James Prescott Joule e William Thonson
O vídeo e uma ótima opção para descomplicar a física, pois aborda temas como: a construção das escalas termométricas, teoria do calórico, primeira e segunda lei da termodinâmica do ponto de vista cientifico, histórico, tecnológico, econômico e social.
O segundo episodio “A corrida pelo zero Absoluto”, retrata a corrida do homem em busca do zero absoluto. Cientistas e seus experimentos buscando a alcançar temperaturas cada vez mais baixas.
O vídeo também mostra os efeitos ocorridos na matéria após atingirem temperaturas tão extremas. Efeitos cuja explicação foge a Mecânica Clássica e requer uso da Mecânica Quântica e Mecânica Estatística.
Existem alguns exercícios que são comuns em todos os livros de Física. Em se tratando da Mecânica Newtoniana, quem nunca resolveu problemas envolvendo bloquinhos encostados um ao outro, blocos ligados por fios muito finos e polias de massas desprezíveis. Pois bem, neste post decidi resolver alguns desses exercícios utilizando a linguagem verbal. Esse tipo de solução muitas das vezes não é considerada pelo professor em prol do uso da linguagem formal (matemática), não quero de forma alguma dizer que a linguagem formal deva ser banida ou que a mesma é desnecessária, mas sim que em uma primeira abordagem vale a pena o uso da linguagem verbal como forma de estimular o raciocínio físico do aluno além de ser uma ótima forma de ganhar tempo na resolução de problemas, algo que faz a diferença em se tratando de concursos e vestibulares.
Problema 1 - Dada figura abaixo, determine a aceleração e a força que cada bloco exerce no outro, desconsidere a influência do atrito:
Vamos à solução do problema. Independente da linguagem a ser utilizada na solução do problema, desenhar as forças que atuam no sistema é sempre um bom começo.
Encontrando a aceleração: Notem que a força F=10N atua em todo o sistema ( corpo A e corpo B) , ou seja a força F=10N é responsável por fazer acelerar 5kg de massa (3kg + 2kg), isso implica que para acelerar cada kg são necessários 2N ( 10N/ 5kg = 2N/kg) . Aqui vai a grande sacada para a resolução desse tipo de problema, lembrem-se N/kg é unidade de aceleração assim como m/s2. Portanto a aceleração do sistema é 2 N/kg ou 2m/s2.
A força que um bloco aplica no outro: No desenho identificando as força, chamamos de FAB a força que A faz em B e FBA a força que B faz em A. Analisando apenas o bloco B de 2kg e sabendo que para acelerar cada kg são necessários 2N então para acelerar 2kg são necessários 4N. Como da figura a única força que atua em B na horizontal é FAB, então esse deve ser o valor desta força.
O valor de FBA também é 4N ou vez que FAB e FBA formam um par ação e reação.
Problema 2 - Dada figura abaixo, determine a aceleração, a tração na corda, desconsidere a influência do atrito.
Seguindo o passo do exercício anterior identifique as forças que atuam nos blocos. Note que os blocos estão presos por uma corda, essa corda será esticada em virtude da força F puxar os dois blocos, fazendo surgir um par de trações (conforme indicado na figura).
Encontrando a aceleração do conjunto: A força de 20N é responsável por fazer acelerar 20Kg (15kg + 5kg), logo é necessário 1N para acelerar cada kg (20N/20kg = 1N/kg), ou seja a aceleração é de 1N/kg ou 1m/s2.
Determinando o valor da tração na corda: Uma boa escolha é sempre analisar o bloco que possui a menor quantidade de forças atuando, neste caso o bloco A de 15kg.
Conforme verificamos para cada kg é necessário uma força de 1N para proporcionar a aceleração encontrada para o sistema, então no bloco de 15kg está sendo aplicada uma força de 15N (15x1). Como a única força aplicada em A é a tração T, ela vale 15N.
Problema 3 - Dada figura abaixo, determine a aceleração, a tração na corda e a força que A aplica em B, desconsidere a influência do atrito:
Encontrando a aceleração: Mais uma vez desenhamos as forças atuantes e para esta situação indicamos também a possível direção do movimento. Notem que a força responsável pelo movimento e o peso do bloco C, cujo valor é dado por PC = mC.g = 5.10 = 50N, essa força será responsável por mover uma massa total de 10kg (3kg + 2kg + 5kg) ou seja para acelerar cada kg são necessários 5N ( 50N/10kg = 5 N/kg), logo a aceleração é 5N/kg ou 5m/s2.
Determinando o valor da tração na corda: Como cada kg necessita de 5N para sofrer uma aceleração de 5N/kg isso quer dizer que o bloco C sofreu uma força total (resultante) de 25N (5x5 = 25). Como o peso de C era 50N então a tração T da corda presa a C era de -25N ( 25N – 50N = -25N). O sinal de menos indica apenas o sentido da tração, deste modo podemos dizer que o módulo da tração na corda vale 25N.
Encontrando o valor da força que A aplica em B: Analisando apenas o bloco B podemos visualizar que a única força que atua em B que influência no movimento é FAB, logo como B possui a mesma aceleração do conjunto 5N/kg e a massa de B é 2kg podemos afirmar que a força que atua em B é de 10N ( 2 x 5 = 10), ou seja FAB=10N. Lembre-se em todo o problema para acelerar cada kg é necessário 5N.
Espero ter descomplicado um pouco esse tipo de problema. Futuramente além de fazer aplicações da física, pretendo resolver alguns problemas tradicionais que ainda dificulta a vida de muita gente.
Recentemente recebi um e-mail da OBA divulgando uma rara conjunção planetária com a Lua que ocorrerá dias 11, 12 e 13 de agosto de 2010.
Segundo as informações contidas no e-mail a conjunção planetária conhecida popularmente como “alinhamento dos planetas” possibilitará que os habitantes terrestres observem alguns astros do Sistema Solar numa mesma região do céu, próximos entre si. Na conjunção de 11 a 13 de agosto, será possível observar a LUA e os planetas MARTE, VÊNUS, MERCÚRIO E SATURNO aparentemente JUNTOS no céu, no horizonte OESTE, logo após o pôr do Sol. Após receber essa informação, resolvi conferir utilizando o simulador do Sistema Solar mantido pela NASA no portal http://space.jpl.nasa.gov/
O simulador é uma ferramenta bem simples, na figura abaixo dou algumas dicas de como utilizar o simulador.
Tente simular o Sistema Solar nos dias previstos para o alinhamento dos astros. Veja a imagem obtida para o dia 12 de agosto de 2010, deu até para verificar o alinhamento de JUPITER e URANO ocorrendo no lado oposto.
O INPE ( Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) realizou dos dias 12 a 16 de Julho o XIII Curso de Introdução a Astronomia e Astrofísica. Aproveitei minha última semana de férias para participar do evento.
O curso foi ótimo, tive a oportunidade de fazer amizades com vários professores de física e de outras áreas do conhecimento, divulgadores de ciência dos estados de São Paulo, Pará, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Foto da galera
Foram realizadas palestras abordando temas referentes à astronomia no dia a dia, astrofísica observacional, sistema solar, sol, estrelas, galáxias e cosmologia. Além disso, foram apresentadas as pesquisas realizadas pelo DAS (Divisão de Astrofísica).
O INPE realiza pesquisas em ciência, tecnologia e inovação nas áreas espacial e do ambiente. Verifiquei algumas ações desenvolvidas pelo INPE, visitando o museu do instituto. O museu faz referências as atividades desenvolvidas em âmbito nacional e internacional. Na visita , eu não podia deixar de tirar a foto de uma pesquisa feita sobre Ji-Paraná.
O CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas) em parceria com a Fundação Vitae e Governo Federal, desenvolveram o projeto de divulgação cientifica “Desafios da Física”. O projeto possibilitou a produção de folders que abordam temas empolgantes da física, utilizando uma linguagem simples e com uma ótima produção visual.
Já foram produzidos folders abordando os seguintes temas: Os 12 desafios da física para o século 21, raios cósmicos, partículas elementares, nanociências e nanotecnologia, sistemas complexos, o ano miraculoso de Einstein, cosmologia, informação quântica, neutrinos, biofísica, supercordas, LHC (O acelerador de partículas do CERN).
Visite o site do projeto e encontre mais informações sobre o material produzido, também pode ser feita a solicitação do material impresso pelo professor da sua escola.
Você também pode fazer o download do um arquivo contendo todos os folders produzidos, ou baixar o folder de interesse no próprio site do projeto.
Das Copas do Mundo que assisti, acho que nunca uma bola foi tão comentada como a Jabulani. Após o baixo número de gols da fase classificatória comparada com as outras Copas e das constantes reclamações dos jogadores, a mídia botou a Jabulani na boca do povo. Diante disto, resolvi discutir o que faz da Jabulani uma bola diferente.
A bola Jabulani foi projetada para minimizar ao máximo a redução da sua velocidade após ser chutada. Comparando a Jabulani com a Teamgeist, bola usada na Copa de 2006 na Alemanha, é fácil notar que a Jabulani gera um menor atrito com o ar. Segundo a Adidas, fabricante das bolas, a Teamgeist possui uma camada externa formados por 14 gomos unidos por uma costura interna, enquanto as Jabulanis são formadas por apenas 8 gomos unidos termicamente sem costuras.
Bola Teamgeist e seus vários gomos.
Vídeo que mostra o processo de produção de uma Jabulani.
Após a montagem, a Jabulani recebe uma pintura granulada onde muitos poderiam perguntar: a rugosidade causada por essa pintura da superfície da Jabulani não aumenta o atrito com o ar, reduzindo a velocidade da bola?
A resposta a essa pergunta é não. Apesar de sabermos das aulas de mecânica básica que a rugosidade aumenta o atrito, não estamos falando de atrito entre superfícies, mas sim do atrito com o ar. Neste caso a rugosidade causa um efeito contrário, ou seja, reduz o atrito, pois os grânulos utilizados na pintura causam uma rugosidade aerodinâmica, tecnologia a muito tempo empregada na fabricação das bolas de golfe.
Conforme discutido, a bola Jabulani é mais rápida que as outras, mas vamos a principal reclamação dos jogadores.
Em entrevista coletiva o jogador brasileiro Luís Fabiano disse:
“Essa bola é sobrenatural. A trajetória que ela faz é estranha, ela sai de você, parece que não gosta que alguém chute. Parece que tem alguém guiando, porque quando você vai chutar ou cabecear, ela muda a trajetória”.
Outros jogadores também reclamaram da mudança de trajetória feita pela bola. O que será que causa essa mudança na trajetória?
Segundo a primeira lei de Newton, todo corpo tende a continuar em movimento em linha reta mantendo sua velocidade até sofrer a ação de uma força. Diante disto a bola jamais vai manter seu movimento, pois várias são as forças experimentadas pela mesma no decorrer da sua trajetória. Por exemplo, temos o atrito com o ar, o peso da bola e alguma outra força responsável por mudar a direção da bola.
Essa força responsável pela mudança da direção da velocidade da bola foi descrita pelo alemão Heinrich Gustav Magnus (1802-1870). Segundo ele, essa força é causada pelo efeito que leva seu nome (Efeito Magnus). Este efeito afirma que ao cruzar o ar a bola sofre uma diferença de pressão que produz uma força dada por:
Essa força é perpendicular a velocidade linear v e angular ω (velocidade de rotação) da bola. A força Magnus por ser perpendicular a trajetória atua de forma semelhante a uma força centrípeta modificando a direção do vetor velocidade da Jabulani.
Como a Jabulani é uma bola mais rápida (maior valor de v), ao cruzar o ar a bola fica mais susceptível ao efeito Magnus. O que causa a mudança de trajetória da Jabulani.
Para finalizar, vale lembrar que o Efeito Magnus não ocorre somente com bolas Jabulani, e nem sempre atua como vilão. Em 1997 no torneio preparatório para o Copa da França de 1998, o jogador brasileiro Robertos Carlos, após aplicar um chute com efeito que aumentou a velocidade angular da bola (ω), conseguiu marcar um belíssimo Gol com a ajuda do efeito Magnus.
Confira o vídeo feito pelo Discovery Channel que mostra o Gol de Roberto Carlos.
O programa AEB Escola, coordenou a redação de três livros (Astronáutica, Astronomia e Mudanças Climáticas). Os títulos trazem temas interessantes que podem ser abordados em várias disciplinas.
O livro sobre Astronomia, faz inicialmente uma abordagem histórica sobre as idéias antigas referentes à construção de foguetes até chegar à corrida espacial. O livro também discute o papel da exploração espacial não tripulada como robôs e satélites enviados à outros planetas, além de trazer informações de como o uso dos satélites nos permitiu chegar a outro nível de conhecimento sobre a Terra.
O título sobre Astronomia faz uma abordagem histórica acerca do conhecimento sobre os planetas e propõe várias atividades práticas como peça teatral, montagem do sistema solar em escala, construção de relógio de sol, expansão do universo, além de discutir algumas questões da OBA.
Já o título sobre Mudanças Climáticas, apesar de fugir um pouco linha dos outros livros apresentados, também e muito rico em informação de qualidade.
O livro aborda temas bem conhecidos como: efeito estufa, aquecimento global, El Niño, la Niña. Mas antes discute conceitos básicos como: os movimentos da terra, a química da atmosfera, o papel da pressão atmosférica e de outras várias físicas necessárias para o entendimento de tais fenômenos. Além disso, o material discute o papel de outras variáveis dos setores econômicos, enérgicos e a própria ocupação do espaço como agentes que interferem na mudança do clima.
Fim de semestre, aquela correria e ainda para completar estamos em clima de Copa do mundo, só deu para ver alguns lances na sala dos professores. O jeito foi apelar para a internet após o jogo, para ver as imagens dos melhores momentos de França x Uruguai do Grupo A (Melhores momentos sem gol, afinal deu 0 x 0 ). Foi nesse instante que encontrei uma boa oportunidade de mostrar aos meus alunos um bom exemplo de força resultante.
No lance, para El Loco Abreu do Uruguai defender a bola a essa altura, ele teve que vencer a força peso que o puxava para baixo. Que força Abreu utilizou equilibrar seu peso?
Notem que Abreu esta aplicando uma força no ombro dos jogadores Martin e Lugano. De acordo com a terceira Lei de Newton (Ação e Reação), se Abreu aplicou uma força no ombro dos dois jogadores, os jogadores também aplicaram uma força em Abreu. Na imagem temos as forças F1’e F2’ aplicadas por Abreu nos jogadores e as forças de reação F1 e F2 aplicadas pelos jogadores em Abreu.
Vamos analisar melhor as forças que atuam em Abreu através do diagrama.
No diagrama F1 e F2, são as forças de sustentação devido aos dois jogadores e P é o peso de Abreu. Com base no diagrama podemos concluir que para Abreu vencer a força peso, e ficar pendurado para fazer a defesa. A soma vetorial das forças F1 e F2 resultou em uma força perpendicular ao eixo x e o mesmo valor da força peso. Essa força recebe o nome de força resultante, em outras palavras a força resultante FR, devido a F1 e F2 equilibrou o peso de Abreu.
Até a próxima, vamos torcer juntos pelo Brasil e aproveitar essa copa para descomplicar um pouco mais a Física.
Nos dias 1 a 5 de Junho, o IFRO Campus Ji-Paraná comemorou a Semana do Meio Ambiente. A iniciativa de organizar este evento partiu do Prof. Jonatas e contou com o apoio dos professores, administração e principalmente dos alunos.
Durante a abertura do evento estiveram presentes várias autoridades representantes de instituições ligadas às questões ambientais como IBAMA, CEPLAC, MPE, GEAV, POLICIA AMBIENTAL, SEDAM, SEMAGRI. Também estiveram presentes representantes do MEC e Reitoria do IFRO.
O projeto teve como titulo “Vidas melhores plantando árvores”, após a abertura do evento foram plantadas 31 mudas no Campus do Instituto e 100 mudas na Escola Estadual Rio Urupa. Alunos, autoridades e funcionários do instituto colocaram a mão na terra.
Além do plantio de mudas a Semana contou com míni-cursos e palestras dada por professores e colabores de outras instituições.
A semana foi um sucesso. Parabéns a todos que contribuíram na realização do evento. Em especial aos nossos alunos que como sempre fizeram bonito.
Clique no slide e confira mais fotos da Semana.
Meus agradecimentos ao professor de geografia e fotografo Leonardo Rocha pelas fotos cedidas.
Sempre que viajo, o Google Map ou o Google Earth quebram o maior galho, essas ferramentas a cada dia estão se tornando cada vez mais poderosas. Se eu tivesse como passar as férias na Lua ou em Marte, poderia contar com o Google. Desde 2009, o usuário de computador utilizando um Web browser (Mozilla, Internet Explorer ou Google Chrome) pode navegar nas superfícies da e Lua e Marte através dos seguintes endereços http://www.google.com/moon/ e http://www.google.com/mars/.
O passeio pela Lua inclui uma visão rica em detalhes das crateras, e de pontos do nosso satélite natural que foram visitados pelo homem. Além de informações e imagens das expedições Apollo. Já em Marte, é possível navegar e ver canyon, dunas, montanhas, crateras e planícies além do local de pouso das missões russas e americanas. Quem tem o Google Earth ou deseja instalá-lo via download, pode ver imagens em 3D. Para isto basta ir ao menu Visualizar e escolher a opção Explorar, nela o usuário pode escolher o local que deseja navegar na Terra, Céu,Lua e Marte.
Este post vai especialmente para meus alunos que estão pesquisando sobre a Lua e Marte.
Desde de 2009, o ON (Observatório Nacional) oferece um curso sobre o sistema solar, no site abaixo vocês vão encontrar várias informações de muita qualidade. O material pode ser acessado online ou baixado no formato PDF.
No dia 14/05/2010, o professor Jonathas do curso de Florestas do IFRO – Campus Ji-Paraná, levou os alunos para uma aula de campo, infelizmente eu estava em sala de aula e não pude participar. Então resolvi contribuir com a aula aqui no Blog “Física Descomplica”, respondendo a seguinte pergunta: Já pensou quanta energia o aluno gastou para subir nessa árvore de aproximadamente 15m?
Para subir na árvore, o aluno possui como maior inimigo a força peso P=m.g. Para vencê-la, houve casos em que o professor Jonatas teve que dar uma forcinha. Essa “forcinha” que aqui vamos chamar de F, deveria ser igual ou superior ao peso do aluno.
Por exemplo, para o professor Jonathas erguer o professor Leonardo ele precisaria aplicar uma força F = P = m.g = 100. 9,8 = 980N ou superior. Em virtude disso, não há problemas em considerar que força aplicada por alguém puxando a corda ou pela própria pessoa na subida possa ser igual ao peso de quem está subindo (condição em que a pessoa irá subir com velocidade constante).
Para o cálculo da energia gasta na subida, utilizaremos como exemplo a escalada da aluna Sharon, para o exemplo vamos atribuir a ela uma massa de m = 75kg .
Na subida, a aluna Sharon utilizou no mínimo uma energia na forma de trabalho igual a W = F.d, com d = h, ou seja, a altura da árvore e uma força aplicada F no mínimo igual ao seu próprio peso, resultando em uma energia gasta de aproximadamente W = F.h = m.g.h =75.10.15=11250J=11,25kJ .
Pena que essa energia é menor que a energia contida em um pãozinho de queijo de 100g. Para confirmar isso, basta procurar quantas calorias possui o pãozinho de queijo de 100g que é aproximadamente 273Cal =273kcal segundo o site fatsecret. Portanto, como 1cal = 4,18J , para saber a energia contida no pãozinho em Joules basta multiplicar 273kcal por 4,18, ou seja,aproximadamente 1016kJ.
Meus agradecimentos aos professores Jonathas, Leonardo e a aluna Sharon pelas fotos cedidas.
Como vocês sabem, eu adoro quadrinhos. Por isso, sempre tive vontade de ver um livro de física todo em quadrinhos ou quem sabe um dia escrever um.
Hoje, navegando pela internet fiquei sabendo que livros em quadrinhos na aréa de ciências exatas já existem a algum tempo no Japão e para a minha felicidade a editora Novatec trouxe alguns titulos para o Brasil, dentre eles o livro de física:
O livro conta a história de Megumi uma superatleta, que é um fracasso quando se trata da aula de Física. Ela não consegue se concentrar nas partidas de tênis, pois está preocupada com as questões que errou na prova! Felizmente, ela faz amizade com Ryota, um físico paciente e jovem que usa exemplos da vida real para ajudar a entender a mecânica clássica – e melhorar o jogo de tênis nesse processo!
O material aborda de uma forma bem prática as Leis de Newton, O teorema do Impulso, a Lei da Gravitação Universal, a Lei da Conservação de Energia. Além de dar uma boa noção de vetores. Eu recomendo a vocês que façam o download de um "capitulo exemplo" do livros, vocês vão gostar.